A mancha-alvo é causada pelo fungo Corynespora cassiicola e, embora possa ocorrer em todas as regiões produtoras de soja no país, é na região Central que encontra as condições climáticas favoráveis para se estabelecer, causando perdas significativas de produtividade, que podem ultrapassar os 40%.

Segundo dados da FMT, para a safra 2022/23, a incidência de doenças na soja foi maior, com destaque para a ocorrência de mancha-alvo, ferrugem-asiática e DFCs (doenças de final de ciclo), devido às condições climáticas favoráveis.

Nesse contexto, o manejo preventivo de doenças para a cultura da soja se faz ainda mais necessário, tendo em vista que, para a mancha-alvo e as DFCs, por exemplo, os patógenos fúngicos possuem a capacidade de sobreviver nos restos culturais, que não são decompostos em tempo hábil até o início da próxima safra.

Um agravante se dá, ainda, em áreas onde o SPD (Sistema de Plantio Direto) não é consolidado, tendo em vista que, nessas situações, a doença pode ocorrer logo no início do desenvolvimento da cultura, e ser disseminada facilmente pelo vento e por respingos de chuva, sendo as aplicações preventivas de fungicidas indispensáveis para proteger o potencial produtivo da cultura.

Adicionalmente, há de se considerar a eficiência dos grupos químicos disponíveis no mercado para o manejo da mancha-alvo, doença essa que tem desafiado produtores, uma vez que o fungo já apresenta perda de sensibilidade a diversos ativos.

Nesse cenário, a inovação tecnológica em fungicidas será fundamental para o manejo de doenças na soja, principalmente a mancha-alvo.

Continue a leitura e entenda quais são os sintomas da mancha-alvo, as condições climáticas favoráveis para a ocorrência, os desafios no controle e como a inovação em fungicidas pode ser decisiva no manejo da doença!

Sintomas da mancha-alvo na soja

A mancha-alvo é uma doença que pode incidir sobre a cultura da soja em qualquer estádio fenológico, e ocorre frequentemente em todas as regiões produtoras de soja do Brasil. Embora detectada no país ainda na década de 1970, a partir da safra 2005/06, tem causado prejuízos cada vez mais acentuados, inclusive em cultivares tidas como resistentes ou tolerantes.

Os sintomas da mancha-alvo incluem pequenos pontos circundados por um halo amarelado, de formato circular e coloração que vai de castanho-claro a castanho-escuro, e podem ser encontrados inicialmente nas folhas baixeiras. Os sintomas podem ser observados em folhas, hastes, raízes e flores. O fungo tem como hospedeiras mais de 480 espécies de plantas e pode ocorrer desde países de clima tropical a subtropical. 

Infográfico

Danos causados pela mancha-alvo

Os danos causados são desfolha prematura, principalmente em cultivares suscetíveis, apodrecimento de vagens e manchas intensas nas hastes. As sementes também podem ser afetadas.

No início do desenvolvimento da cultura, o fungo pode causar ainda a podridão de raiz, comum em áreas sob SPD.

O patógeno pode sobreviver em sementes e em plantas daninhas como trapoeraba (Commelia benghalensise) e assa peixe (Vernonia polyanthes). Plantas hospedeiras alternativas, como feijão, acerola, algodão, tomate, pepino, seringueira, mamoeiro, alface, pimentão, abóbora, maxixe e quiabeiro também permitem que o fungo se mantenha viável nas áreas de produção.

Os esporos do fungo podem ser disseminados pelo vento e por gotas de chuva. Estudos apontam que o clima seco favorece a dispersão dos conídios (estruturas vegetativas do fungo), favorecendo a dispersão do mesmo nas áreas de produção.

Condições climáticas favoráveis para a ocorrência da mancha-alvo na soja

O fungo tem como temperatura ótima para o crescimento micelial (das estruturas vegetativas do patógeno) entre 18 e 21ºC, no entanto, é capaz de sobreviver no ambiente em temperaturas que variam entre 5 e 39ºC. Em temperaturas amenas, os sintomas da mancha-alvo são menos severos, enquanto em temperaturas inferiores a 20ºC não são observados.

Molhamento foliar e temperaturas entre 20 e 30ºC favorecem a infecção do fungo na cultura da soja.

Estratégias de manejo e desafios no controle da mancha-alvo na soja

Para o controle da mancha-alvo, diversas estratégias de controle são recomendadas, baseadas no MID (Manejo Integrado de Doenças), incluindo:

  • uso de sementes certificadas;
  • uso de cultivares resistentes ou tolerantes, quando disponíveis;
  • tratamento de sementes com fungicidas;
  • rotação ou sucessão de culturas não hospedeiras como milho e demais gramíneas;
  • eliminação de plantas daninhas hospedeiras alternativas;
  • manejo preventivo com fungicidas.

O controle da mancha-alvo é um desafio, tendo em vista a perda crescente de sensibilidade do fungo às moléculas disponíveis no mercado, o que agrava o cenário da doença. Além disso, as condições favoráveis e a manutenção da palhada nas áreas de produção, em conjunto com o cultivo de plantas hospedeiras na entressafra, favorece a ocorrência da doença cada vez mais cedo nas lavouras.

Nesse cenário, novas alternativas para o manejo da mancha-alvo são necessárias para reduzir o inóculo da doença desde o início do desenvolvimento das lavouras, evitando e/ou controlando a infecção.

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Inovação em fungicidas pode ser divisor de águas para o manejo da doença

A inovação tecnológica  de novos fungicidas, com grupos químicos distintos aos utilizados atualmente no manejo da doença, aliada às boas práticas agronômicas, serão um diferencial no manejo da mancha-alvo nas próximas safras.

Nesse sentido, reforçando nosso compromisso com os sojicultores de todo país, apresentando o novo lançamento da Syngenta: MIRAVIS® Pro, implacável no controle da mancha-alvo na soja, com amplo espectro de ADEPIDYN® technology.

MIRAVIS® Pro: simples para o produtor, poderoso contra as doenças!

MIRAVIS® Pro é um fungicida a base de ADEPIDYN® technology, uma molécula inovadora, sendo a única pertencente ao novo grupo químico (N-methoxy-pirazol-carboxamidas), uma nova geração de fungicidas que proporciona um maior poder intrínseco de controle, além de um amplo espectro de ação.

MIRAVIS® Pro é uma excelente opção para as primeiras aplicações em cenários de alta pressão da mancha-alvo, combinando o melhor efeito preventivo de ADEPIDYN® technology (inibidor de succinato deshydrogenase) com protioconazol (inibidor da biossíntese de ergosterol), destacando-se também no controle de doenças de final de ciclo, como cercosporiose e septoriose.

Os principais benefícios de MIRAVIS® Pro incluem:

  • implacável no controle de mancha-alvo;
  • inovação: produto à base de ADEPIDYN® technology, molécula inovadora de alta eficácia;
  • controle superior do complexo de doenças nas primeiras aplicações;
  • formulação inovadora que dispensa o uso de adjuvantes.

MIRAVIS® Pro também proporciona conveniência ao agricultor, pois a sua formulação possui a Tecnologia Empowered Control, que eleva a sua eficácia, conferindo:

  • maior número de gotas aderidas nas folhas;
  • maior espalhamento, reduzindo a tensão superficial e facilitando a penetração do fungicida nos tecidos foliares;
  • maior translocação, aumentando a quantidade de ativos atuando dentro da planta.

Por tudo isso, o produto é endossado pelos principais influenciadores e recomendantes, em todas as regiões do país.

A utilização de MIRAVIS® Pro nas primeiras aplicações elevará o patamar de controle de qualquer programa de aplicação. Em cenários de alta pressão de mancha-alvo, MIRAVIS® Pro permite a rotação de ativos dentro do manejo de fungicidas e por isso eleva o controle de todo o complexo de doenças.

Miravis Pro

Mas não se esqueça: o manejo consciente é indispensável para o sucesso do controle, portanto, a adição de multissítios, preferencialmente BRAVONIL® 720, agrega em controle e produtividade no complexo de doenças na cultura da soja, além de ser uma excelente ferramenta para o manejo antirresistência.

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